Tudo posso naquele que me fortaleçe

Sei que como ser humana , nao ha soluçao para o caso da minha irma , mas como Deus e maior que tudo , neste universso , tenho a certezaa de que ela vai volta. e vamos ser felizes

terça-feira, 13 de julho de 2010

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A Associação Brasileira de Busca e Defesa das Crianças Desaparecidas (ABCD), também conhecida como Mães da Sé, realizou na tarde desta segunda-feira um protesto nas escadarias da Catedral Metropolitana de São Paulo, na Praça da Sé, região central da cidade. Durante cerca de duas horas elas seguraram, em silêncio, fotos de seus filhos e parentes desaparecidos.

Segundo a associação, a cada ano são registrados 200 mil novos desaparecimentos no País. Desses, cerca de 40 mil são de crianças. Aproximadamente 15% das pessoas que desaparecem no Brasil nunca mais retornam às suas casas.

Em entrevista no domingo, a presidente da ABCD, Ivanise Santos, disse que o perfil mais comum nos registros é o de menores de origem pobre, pele clara e muito bem afeiçoados, mas sem uma faixa etária definida. As circunstâncias em que ocorre o desaparecimento, segundo ela, são similares na maioria dos casos e demandam atenção por parte dos responsáveis. Crianças e adolescentes geralmente desaparecem enquanto brincam na porta de casa, quando fazem o percurso de ida ou de volta da escola ou quando saem para fazer compras em estabelecimentos comerciais próximos de onde moram.

“Se você conscientizar o seu filho dos perigos que corre, ele não desaparece. São coisas simples como ensinar o número do telefone e o endereço de casa, o nome do pai e da mãe, ensinar a não dar informações para qualquer pessoa estranha que se aproxime dele oferecendo uma bala ou um brinquedo”, disse Ivanise.

Mãe de uma menina desaparecida há 13 anos, ela estima que o número de pessoas desaparecidas pode ser ainda maior, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, onde existem famílias que não procuram uma delegacia para registrar o desaparecimento de um parente. “Outro dia, recebi uma mãe cujo filho estava desaparecido há 30 dias e ela não tinha feito o boletim de ocorrência. Ela começou a procurar o filho pelos hospitais e ruas mas não sabia que tinha que ir à delegacia. É raro, mas ainda acontece”, disse Ivanise.

De acordo com a presidente da ABCD, as autoridades brasileiras deixam de cumprir o que é previsto em lei para casos de desaparecimento. Pelo Lei 11.259/06, a cada novo caso registrado, a delegacia é obrigada a iniciar uma busca e acionar aeroportos, portos e terminais rodoviários, mas Ivanise disse que isso raramente acontece. “Nossa Constituição é bem clara quando diz que a criança e o adolescente são responsabilidade da família, do Estado e da sociedade. Há um descaso e um abandono muito grande”, afirmou.

Segundo Ivanise, o desaparecimento de uma pessoa não pode ser enquadrado como crime, mas há relatos de crianças e adolescentes desaparecidos ligados ao tráfico de órgãos, de pessoas, de drogas e também à adoção ilegal e à exploração sexual. A primeira providência a ser tomada, caso um menor desaparecido seja identificado, é entrar em contato com o serviço de Disque-Denúncia local ou mesmo com o 190. Não é necessária a identificação do denunciante.

FONTE: PORTAL TERRA

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